Exposição “Oeiras pela sua saúde”
Janeiro 31, 2023Cineterapia na CAMPINTEGRA
O Cineterapeuta é um especialista em Psicoterapia que ajuda a melhorar a saúde mental das pessoas através de filmes, séries ou vídeos. Portanto, estamos no campo da Cinematerapia ou Cineterapia que vem sendo usada como complemento às terapias mais tradicionais.
Há filmes que podem mudar as nossas vidas! A frase é dita, muitas vezes, de forma leve, referindo filmes que nos marcaram em períodos decisivos. Mas, na verdade, o cinema pode ser usado como uma ferramenta para melhorar a vida das pessoas.
Esse processo ocorre no âmbito da chamada Psicoterapia ou, mais concretamente, da Cineterapia ou Cinematerapia. Esse é um método inovador que, contudo, se baseia nos princípios das terapias mais tradicionais.
Assim, os filmes ou séries são ferramentas de trabalho que são utilizados pelo Terapeuta. A história de outras pessoas e/ou personagens serve como ponto de partido para um processo de autoanálise.
Deste modo, usam-se as imagens, músicas e diálogos, entre outros elementos do cinema, para motivar uma melhor compreensão de si próprio.
Os códigos do cinema reportam-nos para sensações várias, além de poderem servir como aprendizagem emocional e sensorial.
Portanto, filmes e séries podem motivar uma descarga emocional, mas também nos levam à reflexão. Além disso, podem levar à inspiração para a mudança, entre outros aspetos.
Em Março de 2022, venha participar connosco e entender um pouco melhor o que é e como funciona este tipo de terapia.
O que é a Cineterapia
A Cineterapia segue a linha de novas áreas da Psicoterapia, como por exemplo a Biblioterapia. Assim, estas novas “ciências” assentam em métodos do Coaching e da Psicologia, mas recorre a instrumentos inovadores.
Neste caso da Filmoterapia, como também é chamada, a grande ferramenta são filmes, séries ou vídeos.
Portanto, o/a Cineterapeuta leva a pessoa para um certo cenário ou situação para confrontar os seus medos ou problemas através da história das personagens.
Assim, a pessoa é forçada a olhar para si mesma, de modo a avaliar o que está a sentir e a melhorar.
Mas repare que não se trata só de ver filmes com umas pipocas ao lado! O processo tem de ser consciente e acompanhado. Portanto, é aqui que entra o/a Cineterapeuta.
Deste modo, a Cinematerapia tem sempre um objetivo presente logo que seja feito o diagnóstico do que aflige a pessoa. Assim, segue um plano definido rumo ao processo de cura.
Vantagens da Cineterapia
É sabido que os filmes podem gerar atitudes negativas, como por exemplo a violência. Mas o seu uso no sentido do bem também traz várias vantagens. Assim, cabe ao profissional de Cinematerapia liderar esse processo no sentido certo.
Mas, afinal, para que tipo de situações serve essa terapia? Há vários motivos que podem levar uma pessoa a procurar esse tipo de ajuda ou um Terapeuta a apostar nesta abordagem, tais como os seguintes:
- Dificuldade de gerir as emoções
- Crises emocionais ou psicológicas
- Depressão ou desânimo
- Ansiedade
- Problemas nas relações amorosas
- Conflitos.
Contudo, é preciso notar que não substitui as abordagens terapêuticas mais tradicionais, sobretudo nos casos de problemas mentais mais graves. Assim, é sempre importante consultar um médico.
Porém, a Cinematerapia é um bom auxílio para as terapias tradicionais, pois tem várias vantagens como as seguintes:
- Fácil acesso
- Agrada à maioria das pessoas
- Ajuda a encarar problemas
- Melhora a comunicação e a motivação
- Facilita a autoanálise
- Aborda indiretamente assuntos difíceis
- Ajuda a expressar emoções
- Melhora as relações sociais.
O que faz um Cineterapeuta
A Filmoterapia ainda é pouco usada como ferramenta terapêutica. Contudo, cada vez mais se tende a apostar em métodos novos para melhorar a vida dos pacientes. E a magia do cinema pode ser um ótimo instrumento de trabalho!
Portanto, o papel do Cineterapeuta passa por perceber com precisão o que incomoda o seu paciente. Assim, precisa de aplicar técnicas de entrevista, pois tem de diagnosticar muito bem a situação.
Além disso, terá de selecionar os filmes ou séries que melhor refletem aquilo que aflige o paciente. O objetivo será imitar o drama da sua vida naquele momento.
Mas depois disso, terá ainda de ter uma conversa prévia com a pessoa antes de ela ver os filmes ou séries.
O paciente tem de estar consciente do processo, pois é importante que analise o filme à luz do que o perturba. Deste modo, precisa também de saber como usar a imaginação para se identificar com algum personagem do filme.
Todavia, depois da fase de orientação do paciente, o/a Cineterapeuta também o acompanha após a exibição do filme. Portanto, nesse momento, é essencial que explique o que sentiu e de que forma o filme o impactou.
Assim, precisa de acompanhar a pessoa para entender os seus próprios processos internos. Além disso, deve também aprender a compreender os sentimentos dos outros.
Psicologia pode recorrer à Cinematerapia
O/A Cineterapeuta pode também decidir trabalhar com cenas específicas, pois pode ser importante focar o paciente em detalhes concretos. Assim, será importante também analisar as próprias personagens e o que elas estarão a passar.
Repare que a construção de personagens no cinema é feita com recurso a técnicas da Psicologia, uma vez que é importante que tenham “vida” própria e uma coerência que sirva a trama. Para o terapeuta, o objetivo é que o paciente desconstrua esse processo, entrando na cabeça das personagens.
Quais as suas funções
As histórias motivam a conexão das pessoas com emoções e sensações. Portanto, é evidente que podem ser usadas como ferramentas da Psicoterapia.
Assim, esse é o trabalho do Cineterapeuta, ou seja, colocar filmes e séries ao serviço do paciente.
Nesse processo, recorre a técnicas comuns a outras terapias para conhecer o problema do paciente. Portanto, faz consultas de diagnóstico para traçar o perfil da pessoa, incluindo os problemas ou desafios que enfrenta.
Depois disso, poderá escolher os filmes/séries que usará para ajudar o paciente.
Assim, terá que considerar a história, bem como as características das personagens e a chamada Jornada do Herói. Esse princípio está presente até na publicidade e define a trama de quase todos os filmes.
É provável que nunca tenhas pensado nisso, mas repara que a maioria dos filmes passa pelas seguintes fases:
- Rotina do dia-a-dia
- Apelo à aventura ou desafio
- Recusa do desafio
- Encontro com mentor ou figura de referência
- Dificuldades
- “Barriga da baleia” ou separação do mundo original
- Fase de provas ou testes
- Encontro com divindade, figura mítica ou herói
- Queda em tentação
- Sintonia com o “pai” (ou a figura central da sua vida)
- Realização
- Grande conquista.
Assim, essa é a Jornada do Herói que estrutura a maioria das histórias. Portanto, o Cineterapeuta deve analisar essa jornada para avaliar se o filme encaixa no dilema do paciente.
Como usar a Filmoterapia
O recurso à Cineterapia implica um conhecimento prévio e intenso do filme/série que se vai propor ao paciente. Isso requer uma visualização focada e analítica, ou seja, como terapeuta e não como cinéfilo.
Mas essa estratégia pode ser usada tanto em tratamentos individuais como em sessões de grupo. Todavia, é preciso perceber que a sua aplicação é distinta conforme o caso.
Assim, na terapia individual, deve haver sessões prévias e posteriores com o paciente, mas este deve ver o filme sozinho.
Contudo, na terapia em grupo, o/a Cineterapeuta deve assistir ao filme com os participantes. Pois, desse modo, consegue detetar reações para explorar com o grupo.
Porém, é importante notar que a Cineterapia passa sempre por um processo individual e, portanto, com autofoco.
Se despertamos o seu interesse com este artigo, lançamos o desafio para que se inscreva e venha participar nas sessões da CAMPINTEGRA.
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